Comédia/Ação


Jimmy Bolha
Título original: Bubble Boy
Lançamento: 2001, EUA.
Direção: Blair Hayes
Elenco: Jake Gyllenhaal, Swoosie Kurtz, Marley Shelton, Danny Trejo
Duração: 84 min
Gênero: Comédia/Road Movie

Eu adoro comédia do tipo besteirol. Esse é um clássico aos moldes ''sessão da tarde''. Jimmy é um garoto que nasceu sem imunidades e por isso tem que viver em um ambiente de total assepsia. Vivendo dentro do seu quarto ele foi educado pela mãe, controladora e paranóica. Seu pai tem a personalidade de um pé de alface. Ele vive bem e até se diverte tocando guitarra e assistido episódios de "O elo Perdido" (Land of the Lost aquele dos dinossauros de stop motion que passava no SBT. Bisavôs do Jurassic Park ) até que conhece o amor – sua vizinha Chloe interpretada por Marley Shelton. Para livrar sua amada de se casar com o vilão da história, Jimmy constrói uma bolha em volta de si e parte para a estrada. Essa é a melhor parte do filme. Figuras de todos os tipos aparecem para ajudar ou atrapalhar a saga desse intrépido herói: um indiano que atropela uma vaca; gangues de motoqueiros; artistas de um freak show controlado por um anão; membros de uma seita onde todos têm o mesmo nome. E também luta na lama; corridas de carros; avião. Um festival de loucuras. Adoro isso. Além de ter uma boa trilha sonora, também traz atores interessantes fazendo pequenos personagens como Danny Trejo (sempre interpreta bandidos no cinema. Tem uma tatuagem de uma mulher com sombrero no peito, lembrou? rsrs) e Zach Galifianakis que ganhou o mundo após fazer "Se Beber, Não Case!" (ele é o sujeito mal-humorado que vende bilhetes)
É interessante notar como o cinema é mágico: transformar Jimmy Bolha em Príncipe da Pércia foi o maior feito do cinema nos últimos anos.
Veja na foto ao lado. 








Uma Noite Fora de Série


Titulo original: Date Night
Lançamento: 2010
Direção: Shawn Levy
Elenco: Steve Carell, Tina Fey, Mark Wahlberg, Taraji P. Henson
Duração: 88 min
Gênero: Comédia

Após atuar em Pequena Miss Sunshine e O Virgem de Quarenta Anos, o astro da comédia Steve Carell está de volta em Uma Noite Fora de Série. Dessa vez ao lado da atriz Tina Fey. Eles interpretam um casal de Nova Jersey, que tem dois filhos pequenos, que os acordam às 5 da manhã pulando na cama dos pais. Para reaquecer o romance, o casal decide sair para terem uma noite só para eles, sem a presença dos filhos. Vão então ao Claw, um restaurante caríssimo em Manhattan. Como não fizeram reserva, chegaram tarde e o restaurante está lotado, pegam a reserva de outro casal. No meio do jantar, chegam dois caras, que Phil e Claire acham que são funcionários do local, mas enganam-se. Esses caras ordenam que o casal levante da mesa e vá com eles até o beco nos fundos do restaurante onde começam a pegar os pertences do casal e os ameaçam com uma arma. Levam Phil e  Claire até um local isolado do Central Park, mas Phil consegue despistá-los e eles conseguem escapar dos caras e chegar até a delegacia. Quando estão lá contando tudo isso à detetive, avistam os dois marginais e saem correndo. A história se desenrola a partir daí, com Phil e Claire tentando escapar da confusão em que se meteram e tentando descobrir quem são os Tripplehorn, com quem eles foram confundidos no restaurante. Muitas perseguições, com carros velozes cruzando as ruas de Manhattan, diálogos divertidos e acontecimentos que se sucedem, sem dar tempo algum para que o público se entedie (o que muitas vezes acontece em comédias que se arrastam e tentam ser engraçadinhas demais). Participam desse filme como coadjuvantes James Franco, que atuou ao lado de Sean Penn em Milk; Mila Kunis; Mark Wahlberg; Mark Ruffalo e  Leighton Meester (a chiquérrima Blair do seriado fashionista Gossip Girl), como a babá dos filhos do casal Foster. Steve Carell mais uma vez acerta e se consolida como o melhor comediante da atualidade.


Caro Diário
Titulo original: Caro Diário
Lançamento: 1993 Itália
Direção: Nanni Moretti
Elenco: Nanni Moretti
Gênero: Comédia, documentário.

Nanni Moretti ganhou premio de melhor direção no Festival de Cannes de 1994 com esse filme. Quase uma autobiografia, quase um documentário; um diário. Nas palavras de Moretti o filme é sobre "un pasticcere trotskista nell’Italia degli anni ‘5o ". Um confeiteiro trotskista da Itália dos anos 50. O filme se divide em três capítulos autobiográficos, ao que tudo indica. O primeiro é um delicioso passeio de Vespa por Roma. Uma Roma diferente dos pontos turísticos tradicionais: bairros pobres; ricos; zonas periféricas. Até o lugar onde Pazolini foi assassinado é mostrado. O segundo fala do isolamento barulhento da vida das pessoas que moram nas pequenas ilhas italianas. (pelo menos foi o que entendi) O terceiro mostra sua peregrinação em consultórios médicos em busca de cura para um problema de coceira. Com um sarcasmo bem dosado, Moretti acaba por divertir o telespectador. Sua obsessão em aprender a dançar (pura ironia) traz os meus momentos preferidos. Gosto de rever a cena em que ele imita Silvana Mangano (atriz italiana)  em uma padaria. Me divirto. Recomendo Caro Diário com ressalvas: não espere uma linguagem cinematográfica ordinária. Ele é diferente, por isso estranho aos nossos olhos -mas deveria ser mais comum encontrar filmes assim.  Como Moretti, também gostaria de fazer um filme sobre casas. Somente casas. Panorâmica de casas...   
Curiosidade: procurando vídeos de Silvana Mangano encontrei esse onde ela canta (tenta) em português. Ficou bonito.http://www.youtube.com/watch?v=TwzXl3MsLck&feature=related



O Fabuloso Destino de Amelie Poulain
Título original: (Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain)
Lançamento: 2001 (França)
Direção: Jean-Pierre Jeunet
Elenco: Audrey Tautou, Mathieu Kassovitz, Rufus, Yolande Moreau, Jamel Debbouze
Duração: 120 min
Gênero: Comédia

O Fabuloso Destino de Amelie Poulain é um filme francês já assistido por mais de 17 milhões de pessoas, sendo um sucesso inclusive nos Estados Unidos. Nele, a atriz francesa Audrey Tautou (que recentemente interpretou a estilista Coco Chanel), é Amelie, uma garotinha que vivia isolada, nem freqüentava a escola, porque seu pai, médico, ao examiná-la mensalmente, achou que ela tinha uma anomalia cardíaca. Como não tem contato com outras crianças e seus pais são muito esquisitos, Amelie cria um mundo fictício, em que imagina que o “disco de vinil é feito como panquecas”.
Um narrador conta toda a história, de maneira rápida e quase didática, falando sobre o que os personagens gostam e sobre o que detestam. Passado um tempo, Amelie já é uma jovem de vinte e três anos, trabalha como garçonete, mas continua solitária, se dedicando a “arrumar a bagunça da vida dos outros” porque sente falta de algo que a faça sentir plenamente feliz. O trabalho dos diretores de arte é primoroso. Tudo é muito bonito, desde o ralador de queijo usado por Amelie até o elevador escolhido para gravação de uma das cenas. Enquanto nos filmes de Almodóvar sempre notamos uma peça vermelha, seja um cardigã, um guarda-chuva, uma travessa; em Amelie Poulain predomina uma bela combinação de vermelho e verde (cores complementares), no cenário e no figurino. Sem falar no idioma, que eu considero o mais bonito de todos. O diretor Jean-Pierre Jeunet mistura comédia e drama de uma forma eficaz, fazendo com que em 2002, esse filme fosse indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia, Melhor Som, Melhor Filme de Língua Estrangeira e Melhor Roteiro Original. Amelie Poulain foge totalmente dos padrões hollywoodianos, mas quem sai ganhando somos nós, apreciadores de um belo filme. Assistam!

A Mexicana
Título original: The Mexican
Lançamento: 2001 (EUA)
Direção: Gore Verbinski
Elenco: Brad Pitt, Julia Roberts, James Gandolfini, David Krumholtz.
Duração: 123 min
Gênero: Ação

Brad Pitt e Julia Roberts são Jerry e Sam, um casal de namorados que vive em
Los Angeles. Jerry é contratado por seu “chefe” Nayman para ir ao México, até a cidade de San Miguel pegar uma pistola que pertenceu a um cara chamado Margolese. Chegando lá, aluga um carro e sai à procura da “Mexicana”, a arma. Consegue encontrá-la, mas vacila e é roubado.
Enquanto isso, sua namorada Sam, que estava indo pra Las Vegas, é seqüestrada.
Jerry é muito atrapalhado e enquanto tenta recuperar “a Mexicana”, se envolve em muita encrenca. Esse é um dos pontos altos do filme. Brad Pitt está divertidíssimo como um cara estabanado, quase ingênuo, em busca de uma arma, tendo que lidar com caras bem mais experientes que ele. O seqüestrador de Sam, interpretado pelo ator James Gandolfini, famoso por seu papel na série de TV, Família Soprano, também está muito bem e se destaca no filme, ao estabelecer uma relação com sua refém que é, no mínimo, diferente. Muito agradável também é assistir a um filme ambientado no México, com paisagens totalmente diferentes daquelas gravadas nos Estados Unidos e Europa, que estamos acostumados a ver nas telas.
Isso tudo, ao som de uma ótima trilha sonora (que eu adoro), composta por Alan Silvestri, responsável pelas trilhas de Forrest Gump, O Pai da Noiva I e II, De Volta para o Futuro I, II e III, e que confere um charme extra ao filme, incluindo These Boots are Made for Walkin’, de Nancy Sinatra, Why Can't We be Friends e a minha favorita Blame Shifting. A Mexicana é um filme que mistura ação, humor e aventura. Tem mais de uma década, já assisti umas quatro vezes e sempre me divirto, espero que gostem tanto quanto eu.  

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